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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Páscoa

A forma como se comemora a páscoa atualmente, é de origem pagã, em homenagem a deusa anglo-saxã Eostre, inclusive a distribuição de ovos de chocolate. Nada contra o chocolate, à exceção de diabéticos, todos nós consumimos uns chocolates, colombas, e não somos hipócritas a ponto de negarmos isso. Quem não gosta de um chocolate? Mas é preciso lembrar que a verdade maravilhosa da páscoa anda escondida, oculta, por outdoors, cartazes, etc... Talvez aí uma atuação maligna para diminuir em importância um evento tão importante. Jesus é a nossa Páscoa. O termo “páscoa” deriva da palavra hebraica “pesah”, que significa passar por cima – no sentido de relevar, pular além da marca ou passar sobre.
1Coríntios 5:7: “Expurgai o fermento velho, para que sejais nova massa, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado”.

Quando Deus ordenou ao anjo destruidor que eliminasse todo o primogênito da terra do Egito, a casa que tivesse o sinal do sangue do cordeiro não seria visitada pela morte (Êxodo 12:1-36). Então, os Judeus passaram a celebrar a páscoa, em comemoração à saída do Egito, a passagem para a liberdade. Todos os primogênitos egípcios morreram. Os hebreus foram preservados pela obediência e pela observância da ordem: Aspergir o sangue.
É necessário restaurarmos o verdadeiro significado da Páscoa e da Ceia do Senhor. Historicamente, vemos que os reis Ezequias (2Crônicas 30) e Josias (2Reis 23:21-23), restauraram em seus reinados a celebração da Páscoa, Deus se agradou e abençoou o povo. É preciso resgatar os verdadeiros significados da Páscoa e da Santa Ceia do Senhor.
A partir de Jesus Cristo, essa celebração foi substituída pela Ceia do Senhor, com o pão e o vinho, em Sua memória. Não mais para relembrarmos a saída do Egito (estado), mas para sempre nos lembrarmos da saída do egito do pecado, e da liberdade que há na sua morte e ressurreição.
A Ceia do Senhor, é um cerimonial instituído por Jesus Cristo (Paulo diz: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entregue...”), e sua preocupação com a preparação, demonstra a importância dessa celebração solene. Marcos 15:13-16: “Enviou, pois, dois dos seus discípulos, e disse-lhes: Ide à cidade, e vos sairá ao encontro um homem levando um cântaro de água; seguí-o; e, o­nde ele entrar, dizei ao dono da casa: O Mestre manda perguntar: o­nde está o meu aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos? E ele vos mostrará um grande cenáculo mobiliado e pronto; aí fazei-nos os preparativos. Partindo, pois, os discípulos, foram à cidade, o­nde acharam tudo como ele lhes dissera, e prepararam a páscoa”.
Se não fosse importante ele não a instituiria. Precisamos resgatar esses valores. o­nde já se viu falar em “portas abertas para a prosperidade” (e outras tantas bobagens) numa 6ª feira da paixão? o­nde está o Cristo crucificado? Não se trata de santificar ou idolatrar a data no calendário, trata-se de recordarmos de o­nde éramos e o que Deus nos fez para nos tirar de lá. Devemos santificar essa data em nosso coração. Essa lembrança, contudo, não pode se restringir aos dias de Santa Ceia (ou na semana santa), ou uma vez por ano. Não. Esse sentimento deve estar diariamente em nosso coração.
Jesus poderia simplesmente dizer: Vamos comer de qualquer jeito. Vamos comer em qualquer lugar. Ali embaixo da árvore mesmo, ou, na casa de alguém de vocês. Não. Jesus Cristo desejou algo especial, um aposento especial, para uma ocasião especial. A pessoa que cedeu o lugar foi alguém escolhida especialmente para esse serviço.
É como se Jesus perguntasse: “Onde está o aposento? o­nde está o lugar no teu coração para que Eu tenha comunhão com você? o­nde?”. Deus através de Jesus Cristo quer ter intimidade conosco. Ali naquela sala, somente estavam os homens escolhidos por Jesus. Existe um lugar em seu coração para ele?
O processo de cristianização por que passa nosso país está deteriorando nosso evangelicalismo. Não podemos dizer que vivemos um processo de cristianização, que é diferente de evangelização e muito inferior ainda ao de discipulado. Vivemos um processo de banalização do Evangelho, o­nde a importância e a significação da Páscoa e a Santa Ceia do Senhor é diminuída. A encenação na cidade de Jerusalém (Norte/Nordeste) permeada por atores globais mostra atores desnudos. Até o ritual e o legalismo estão se deteriorando. Portanto, hoje, mais do que nunca, precisamos nos lembrar, de verdade, sobre o verdadeiro significado da Páscoa e da Ceia do Senhor.

PRECISAMOS RESGATAR A FORMA BÍBLICA DE CELEBRAR A PÁSCOA E A SANTA CEIA DO SENHOR.

Nesse contexto, de tão rápidas mudanças, de banalização do cristianismo, cremos que as celebrações cristãs que mais representam o verdadeiro significado do cristianismo são a Páscoa e a Santa Ceia do Senhor. Nelas encontramos elementos que resumem o que verdadeiramente significa ser cristão no mundo de hoje. Sem a páscoa cristã, não teríamos nenhuma boa notícia para contar a ninguém.
A forma bíblica, portanto correta, de celebrar a PÁSCOA CRISTÃ, e a SANTA CEIA DO SENHOR, é a sintetizada por Paulo em:
1Coríntios 11:23-30: “Porque recebi do Senhor o que também vos entreguei: porque o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão; e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem”.

Assim, temos que a Santa Ceia do Senhor é a Verdadeira Celebração da Páscoa. Toda a vez que comemos do pão e bebemos do cálice, celebramos a Pás. Existe, portanto, fatores que devemos considerar sempre que participamos da Santa Ceia do Senhor.

Precisamos considerar que:

A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA É UM MEMORIAL. APONTA PARA O PASSADO.

Memorial (anamnesis - anaminesis), aquilo que faz lembrar.

1Coríntios 11:24: “e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em memória de mim”.

Os judeus comemoravam em lembrança à saída do Egito. Do estado de escravidão. Lembravam que outrora eram escravos. Recordavam-se do dia em que mataram o novilho, comeram pães ázimos, presenciaram a dor dos egípcios, e, finalmente, foram libertos rumo à terra prometida. O sacrifício foi associado ao livramento. Sim, eles tinham o que lembrar, comemorar! E nós, temos o que lembrar? Temos o que comemorar?

Mais do que simplesmente lembrar, a Celebração da Santa Ceia do Senhor, há que nos fazer refletir. Não podemos nos esquecer que saímos do Egito do pecado. De uma vida sem perspectiva, sem alento. Nascemos escravos e morreríamos escravos, e isso somente não aconteceu em face da morte vicária de Jesus Cristo na Cruz do Calvário. É preciso refletir.

Precisamos considerar que:

A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA SIGNIFICA:

...PROTEÇÃO: Sobre a proteção que desfrutamos diante dos poderes demoníacos. Existe o inferno, o diabo, e estamos livres dessa opressão, graças à libertação conquistada na cruz do calvário por Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Através do Sangue de Jesus Cristo podemos pisar na cabeça da serpente.

...LIBERDADE: A escravidão é algo horrendo. Escravos das drogas. Escravos da prostituição. Escravos da mentira. Escravos da inveja. Escravos. Escravos. A liberdade é a mais preciosa de todas as possessões humanas. As forças do Egito das trevas escravizam. O Sangue de Jesus Cristo liberta.

...SUBSTITUIÇÃO. Ele não tinha pecado, mas se fez pecado por nós, entregou a sua vida, para que através de sua morte, muitos tivessem vida. Ele pagou o preço por nós. No novo pacto (testamento), precisamos nos apresentar com fé, eis que não somos capazes de cumprir a lei. Por isso ele nos substituiu.

Romanos 3:25: “ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos”.

Deus, porque em sua misericórdia desejou perdoar os homens pecadores, e, sendo verdadeiramente misericordioso, desejou perdoá-los justamente, isto é, sem acoitar o pecado, teve o propósito de dirigir contra seu próprio ser, na pessoa de seu Filho, o peso total dessa ira justa a qual eles mereciam”.

Muitos não entendem a questão da substituição. Talvez acham que não tem tanto pecado assim. De certa forma se acham, portanto, Jesus Cristo pode ter morrido pelo vizinho da direita, ou da esquerda. Mas não. Foi por mim. Foi por mim! É mais fácil aceitar a substituição com relação aos outros do que a nós mesmos.

...GRAÇA: Favor Imerecido. O passado foi anulado. A escritura da dívida foi rasgada. Um recomeço glorioso foi iniciado na terra prometida, a Canaã Celestial. Cristo que é a Nossa Páscoa também é a nossa expiação. Isso tudo aconteceu sem qualquer merecimento de nossa parte. Foi estabelecido um novo pacto. 1Coríntios 11:25: “Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue”. Isto quer dizer que o sacrifício não precisa ser renovado. Foi realizado única vez, para sempre. Pacto não selado com sangue de animal, mas com o sangue de Jesus Cristo.

...EXPIAÇÃO: Através do sacrifício de Cristo, ocorreu a expiação dos nossos pecados. Expiação significa desviar o castigo, especialmente a ira divina. 2Coríntios 5:19: “Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo”.

Comemorar a páscoa, celebrar a Santa Ceia do Senhor, é lembrar todo o ministério de Cristo e a posição que ocupamos e que deveríamos ocupar no Reino daquele que nos resgatou das trevas para a sua maravilhosa luz. Não nos cabe mais questionar porque fomos salvos (por causa do seu grande amor, é lógico), mas para que fomos salvos! Também não nos cabe nenhuma outra participação, a não ser responder com arrependimento, com fé e com o viver altruísta.

..A OBRA DE CRISTO: Jesus Cristo não foi um Mártir: Mateus 27-50: ”De novo bradou Jesus com grande voz, e entregou o espírito”.

João 10:17-18: “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai”.

Muitas religiões têm os seus mártires, mas a morte de Jesus Cristo não foi de um mártir. Mártir é aquele cuja morte é imposta de modo irreversível por religiosos, autoridades e indivíduos de crenças opostas e de intolerantes. Jesus sempre correu risco de vida, mas somente morreu quando entregou a sua vida. O mártir só escapa da morte se voltar atrás e negar a sua fé, nem que seja no último instante da vida. Foi de um Salvador. A Sua morte salva os homens de seus pecados. Cristo tomou o lugar deles e sofreu a morte deles. O mártir não se dá à morte. O mártir é pego à força. Jesus Cristo se entregou. Chico Mendes, Tiradentes... Jesus Cristo é superior a todos eles. O Sacrifício não é à força. O sacrifício aceitável é espontâneo.

Precisamos considerar que:

A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA APONTA PARA MISSÃO

1Coríntios 11:26: “Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha”.

Anunciar a Morte. É nossa responsabilidade, além de lembrar de o­nde saímos, resgatar a outros. Páscoa sem serviço, não é páscoa. Evangelho é serviço. Fomos salvos para que? Para Servir, para anunciar. Se o Filho do Homem veio para servir, porque eu não sirvo? Eu preciso servir.

Anunciar a morte é anunciar o fim do cativeiro. É anunciar a libertação aos cativos. : EIS O CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO.

Ensinar os Valores do Reino:

Mateus 16:18-20: ”E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.

Não podemos nos contentar em ensinar apenas uma parte da verdade, por que apenas uma parte da verdade torna a outra metade mentira. Jesus Cristo mandou ensinar todas as coisas. O sermão do monte. A lei do amor. A lei do perdão. A lei do serviço. Não somente o evangelho da prosperidade; O Evangelho da cura das enfermidades; O Evangelho da solução dos problemas; O Evangelho da Batalha Espiritual, mas também o evangelho da santidade e da responsabilidade. Não somos salvos pelas boas obras, mas para as boas obras. A fé sem obras é morta.

A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA APONTA PARA MUDANÇA DE COMPORTAMENTO:

A cidade de Corinto era uma Cidade globalizada, assim como a cidade de São Paulo. Pessoas das mais diversas cidades do mundo até então conhecido habitavam em Corinto. Lá trabalhavam, ganhavam a sua vida, de se divertiam, e pecavam. Pecavam muito.

1Coríntios 11:28-30: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem”.

A mudança de comportamento é algo pessoal, à partir de um exame pessoal e particular. É um exame particular; intrínseco; de consciência. Examinar-se é como provar metais pelo fogo. É descobrir nossas volições, nossas motivações. Participar da ceia do Senhor, sem um auto-exame é participar indignamente.

Nada Como Um Dia Após o Outro.

Como disse no início, a Páscoa Aponta Para o Passado, Para o Presente, e Para o Futuro. A Páscoa veio a confirmar todo o ministério terreno de Jesus, demonstrando que ele era verdadeiro. Não haveria domingo se não houvesse o sábado, se não houvesse a sexta, se não houvesse a quinta.

Nada Como Um Dia Após o Outro.

Quinta Feira (que noite).

Doze homens comendo e bebendo com o Mestre. Um o traiu. Vendeu-o por 30 moedas de prata (o valor de um escravo).

Jesus lava aos pés dos discípulos, anuncia a sua morte. Assume o compromisso de enviar outro consolador. Levanta os olhos aos céus e ora ao pai, não somente pelos seus discípulos, mas por todos os que vierem a crer nele.
Vai ao Jardim das Oliveiras orar. Pedro, Tiago e João dormem. Jesus pede que, se possível o Pai passe dele aquele cálice. Os anjos o confortam. Ele sua gotas de sangue, tal era o sofrimento. Finalmente, Jesus é preso. Pedro corta a orelha de Malco. Perante Anás e Caifás, Herodes, Pilatos, Jesus é cuspido, torturado, vilipendiado. Pedro o nega 3 (três) vezes, o galo canta.
Sim, foi no início dessa noite que nasceu a mais solene cerimônia do cristianismo. “O Senhor Jesus na noite em que foi traído, tomou o pão...”.

Nada Como Um Dia Após o Outro

Sexta-Feira (Que Dia).

Jesus julgado e condenado, Barrabás é libertado; Judas se suicida suas vísceras podiam ser vistas lá embaixo no penhasco.
Jesus, torturado, crucificado, entrega a sua vida, segue-se escuridão, o véu do Templo se abre de cima abaixo. Santos mortos ressuscitam, os discípulos se escondem de medo.
José de Arimatéia consegue a liberação do corpo de Jesus, e o deposita num sepulcro.

Sábado (mais um dia):

Guardas ficam à porta para impedir que o corpo de Jesus seja roubado.
Os Discípulos estão dispersos, com medo, escondidos;
Mas ele já não estava lá, fora pregar aos espíritos na prisão, conforme Pedro diz.

Domingo (de Páscoa).

Jesus Ressuscitou. O Sonho não acabou. Jesus Vive. John Lenon morreu, pouco se fala nele. Os Beatles não são mais famosos que Jesus Cristo. Jesus Cristo continua vivo. O sonho dos Beatles acabou, o nosso não!

Porque Ele Vive, posso crer no Amanhã.

Porque Ele Vive, Pedro não vive uma vida de remorso por ter negado ao Mestre; Porque Ele Vive, ele pode perguntar a Pedro Tu me Amas. Apascenta as minhas ovelhas. Em sua mente, não o olhar do cordeiro amassado, pisado, moído por nossas transgressões, mas o Cristo Ressuscitado;

Porque Ele Vive, a mulher que se viu livre do apedrejamento acha que vale a pena se esforçar para levar uma vida sem pecar mais;

Porque Ele Vive, João, a voz de trovão, se torna o Apóstolo do Amor, escreve o 4º Evangelho, as Cartas e o Livro do Apocalipse;

Porque Ele Vive, a pregação de João Batista, a voz que clamou no deserto não clamou em vão!;

Porque Ele Vive, se encontrou com Saulo no caminho de Damasco, e transformou o perseguidor no perseguido Paulo e maior teólogo de todos os Tempos;

Porque Ele Vive, os evangelhos foram escritos, em continuação ao Velho Testamento, as profecias se cumpriram, Ele é o Alpha e o Omega;

Porque Ele Vive, posso dizer, nada como um dia após o outro. Meus Jesus morreu, mas ressuscitou, e está nos céus ao lado do Pai, intercedendo por nós;

Porque Ele Vive, posso crer no Amanhã. Quando meu corpo baixar à sepultura, lá nos céus serei recebido por meu mestre, e viverei para sempre ao seu lado, para o­nde ele estiver eu esteja também;

Porque Ele Vive, o cristianismo não é apenas mais um dos ismos existentes por aí. É uma religião viva.

Porque Ele Vive, estamos reunidos aqui hoje, não para comermos bacalhau, ovos de páscoa, mas participarmos do seu corpo e do seu sangue;

Porque Ele Vive, eu me examino a mim mesmo, porque desejo agradar a meu Mestre, que morreu e ressuscitou, para que eu, por sua morte, morresse para o pecado, e por sua ressurreição ressurgisse para uma nova vida;

Porque Ele Vive, posso dizer o­nde está morte a tua vitória;

Porque Ele Vive, posso pisar a cabeça do diabo, e deixá-lo debaixo de meus pés;

Porque Ele Vive, devo dizer Não sou mais eu quem vivo, mas Cristo vive em mim.

O Significado Real da Páscoa e da Santa Ceia:

Páscoa Significa Perdão;

Páscoa Significa Arrependimento;

Páscoa Significa Salvação;

Páscoa Significa Gratidão;

Páscoa Significa Comunhão;

Páscoa Significa Compromisso;

Páscoa Significa Santificação;

Páscoa Significa Serviço;

Acredito que é o momento de se fazer uma reflexão:

O que tem significado a páscoa e a santa ceia para você?

Há algo de que você precise se conscientizar?

Há algo de que você precise se arrepender?

Examine-se a si mesmo!

A Santa Ceia é muito mais que o pão e o vinho.

A Santa Ceia é um compromisso.

Você deseja renovar seu compromisso com Deus!

Deus não precisa renovar com você, por que o dele é eterno!

Não coma indignamente!

Não se satisfaça com o que você é hoje!

Faça por amor! Assim como o marido procura satisfazer as necessidades e gostos da esposa, devemos procurar satisfazer as espectativas de Deus para conosco.

Você ainda não confessou a Jesus como Senhor?

Você quer nesta data participar de sua morte e de sua vida?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O melhor livro do mundo - parte 6

Os Atos dos Apóstolos


Não há dúvida de que foi escrito por S. Lucas, médico e companheiro de S. Paulo. Conta a história da Igreja, desde Pentecostes, guiada pelo Espírito Santo, até chegar em Roma com S. Pedro e S. Paulo.

Teofilacto (†1078) dizia que: Os evangelhos apresentam os feitos do Filho, ao passo que os Atos descrevem os feitos do Espírito Santo´.

O livro se divide em duas partes: uma que é marcada pela pessoa de Pedro (At 1 a 12), e a outra marcada por Paulo (At 13 a 28) . Pedro leva o evangelho de Jerusalém à Judéia e à Samaria, chegando até a conversão marcante do primeiro pagão, batizado, Cornélio (At 10,1´11), o que abriu a porta da Igreja para os não judeus. Paulo promove a evangelização dos gentios mediante três viagens missionárias de grande importância. O capítulo 15 é a ligação entre as duas partes do livro, mostrando Pedro e Paulo juntos em Jerusalém, no ano 49, no importante Concílio de Jerusalém, que aboliu a circuncisão e reconheceu que o Reino de Deus é para toda a humanidade.

O testemunho mais antigo de que Lucas é o autor dos Atos é o chamado cânon de Muratori, do século II, que afirma:

´As proezas de todos os apóstolos foram escritas num livro. Lucas, com dedicatória ao excelentíssimo Teófilo, aí reconheceu todos os fatos particulares que se desenrolaram sob seus olhos e os pôs em evidência deixando de lado o martírio de Pedro e a viagem de Paulo da Cidade (Roma) rumo à Espanha.´

Notamos que o início de Atos dá uma sequência lógica ao final do evangelho de Lucas, e ambos são dedicados a Teófilo, além de que o estilo e o vocabulário são parecidos. Segundo São Jerônimo (348´520) os Atos foram escritos em Roma, quando Lucas estava alí ao lado de Paulo prisioneiro, em grego, por volta do ano 63.

Os Atos dos Apóstolos são portanto o primeiro livro de História da Igreja nascente, escrito por uma testemunha ocular dos fatos, que os narrou de maneira precisa e sóbria. Aí podemos conhecer o rosto da Igreja no primeiro século, sua organização, etc. É o evangelho do Espírito Santo.

As cartas de São Paulo

Paulo (ou Saulo) nasceu em Tarso na Cilícia (Ásia menor) no início da era cristã, de família israelita, muito fiel à doutrina e à tradição judaica; seu pai comprara a cidadania romana, o que era possível naquele tempo, então Saulo nasceu como cidadão romano, legalmente. Aos 15 anos de idade foi enviado para Jerusalém onde recebeu a formação do rabino Gamaliel (At 22,3; 26,4;5,34), e foi formado na arte rabínica de interpretar as Escrituras, e deve ter aprendido a profissão de curtidor de couro, seleiro. Por volta do ano 36 era severo perseguidor dos cristãos, mas se converteu espetacularmente quando o próprio Senhor lhe apareceu na estrada de Jerusalém para Damasco, onde foi batizado por Ananias. Em seguida permaneceu num lugar perto de Damasco chamado Arábia. No ano 39 se encontrou com Pedro e Tiago em Jerusalém (Gal 1, 18) e depois voltou para Tarso (At 9,26´30) acabrunhado pelo fracasso do seu trabalho em Jerusalém. Alí ficou por cerca de 5 anos, até o ano 43. Nesta época, Barnabé, seu primo, que era discípulo em Antioquia, importante comunidade cristã fundada por S.Pedro, o levou para lá. Em 44 Paulo e Barnabé são encarregados pela comunidade de Antioquia para levar a ajuda financeira aos irmãos pobres de Jerusalém. No ano 45, por inspiração do Espírito Santo, Paulo e Marcos (o evangelista) foram enviados a pregar aos gentios (At 13,1´3). A primeira viagem durou cerca de 3 anos (45´48) percorrendo a ilha de Chipre a parte da Ásia Menor. No ano de 49 Paulo e Barnabé vão a Jerusalém para o primeiro Concílio da Igreja, para resolver a questão da circuncisão, surgida em Antioquia. A segunda viagem foi de 50 a 53, durante a qual Paulo escreveu, em Corinto, as duas cartas aos Tessalonicenses (At 15,36´18,22). São as primeiras cartas de Paulo. A terceira viagem foi de 53 a 58. Neste período ele escreveu ´as grandes epístolas´, Gálatas e I Coríntios, em Éfeso; II Coríntios, em Filipos; e aos Romanos, em Corinto. No final desta viagem Paulo foi preso por ação dos judeus e entregue ao tribuno romano Cláudio Lísias, que o entregou ao procurador romano Felix, em Cesaréia. Aí Paulo ficou preso dois anos (58´60), onde apelou para ser julgado em Roma; tinha direito a isso por ser cidadão romano. Partiu de Cesaréia no ano 60 e chegaram em Roma em 61, após sério naufrágio perto da ilha de Malta. Em Roma ficou preso domiciliar até 63. Neste período ele escreveu as chamadas ´cartas do cativeiro´ (Filemon, Colossenses, Filipenses e Efésios). Depois deste período Paulo deve ter sido libertado e ido até a Espanha, ´os confins do mundo´ (Rom 15,24), como era seu desejo. Em seguida deve ter voltado da Espanha para o oriente, quando escreveu as Cartas pastorais a Tito e a Timóteo, por volta de 64´66. Foi novamente preso no ano 66, no oriente, e enviado a Roma, sendo morto em 67 face à perseguição de Nero contra os cristãos desde o ano 64. S. Paulo foi um dos homens mais importantes do cristianismo. Deixou´nos 13 Cartas. Vejamos um resumo delas.

As Cartas aos Tessalonicenses

As duas cartas tem como tema central a segunda vinda de Jesus (Parusia), que as primeiras comunidades cristãs esperavam para breve e a sorte dos que já tinham morrido. Paulo admoesta a comunidade para a importância da vigilância. As cartas do Apóstolo depois delas falam mais do Cristo presente na Igreja do que da sua segunda vinda.

Tessalônica era porto marítimo muito importante da Grécia, onde havia forte sincretismo religioso e decadência moral; havia uma colônia judaica na cidade, e é na sinagoga que Paulo começa a pregar o Evangelho. Havia dúvidas sobre a iminente volta do Senhor.

Na segunda carta Paulo retoma o mesmo assunto, exortando os fiéis a trabalharem, uma vez que ninguém sabe a data da vinda do Senhor. As cartas devem ter sido escritas por volta do ano 52 quando estava em Corinto, durante a sua segunda viagem missionária pela Ásia.

A Carta aos Gálatas

São Paulo visitou os gálatas na segunda e na terceira viagem apostólica. É hoje a região de Ankara na Turquia. A carta foi escrita por volta do ano 54, quando Paulo estava em Éfeso, onde ficou por três anos. O motivo da carta são as ameaças dos cristãos oriundos do judaísmo que querem obrigar ainda a observância da Lei de Moisés. Paulo mostra que é a fé em Jesus que salva e não a Lei. E exorta os gálatas a viverem as obras do Espírito e não as da carne.

Esta carta é também um documento autobiográfico de São Paulo, além de ser um documento de alta espiritualidade.

A Carta aos Coríntios

Corínto ficava na Grécia, região chamada de Acaia, e no ano 27aC. Cesar Augusto, imperador romano, fez de Corinto a capital da província romana da Acaia. Foi nesta cidade portuária, rica e decadente na moral, que Paulo fundou uma forte comunidade cristã na sua segunda viagem. Aí encontrou o casal Átila e Priscíla que muito o ajudou. Paulo ficou um ano e seis meses em Corinto, até o ano 53. Na sua terceira viagem ele ficou três anos em Éfeso, também na Grécia, e daí escreveu para os coríntios. A primeira carta contém sérias repreensões dos pecados da comunidade: as divisões e a imoralidade. Em seguida dá respostas a questões propostas sobre o matrimônio, a virgindade, as carnes imoladas aos ídolos, as assembléias de oração, a ceia eucarística, os carismas, a ressurreição dos mortos, etc. É uma das cartas mais amplas de S. Paulo em termos de doutrina e disciplina na Igreja.

A segunda carta é bem diferente da primeira, não é tanto doutrinária, mas trata das relações de Paulo com a comunidade, e desfaz mal entendidos, inclusive, e faz a sua defesa diante de acusações sérias que recebeu dos cristãos judaizantes. Nesta carta Paulo mostra a sua alma, seus sofrimentos e angústias pelo reino de Cristo. Resume´se na frase: ´É na fraqueza do homem que Deus manifesta toda a sua força´ (2Cor 12,9).

A Carta aos Romanos

A carta aos romanos é bem diferente das outras cartas de São Paulo, pelo fato de ser uma comunidade cristã que não foi fundada por ele, o que foi feito por S. Pedro. Esta carta foi escrita no final da terceira viagem missionária de Paulo, em Corinto, por volta do ano 57/58a fim de preparar a sua chegada em Roma. É uma carta onde temos o ponto mais elevado da elaboração teológica do apóstolo. Não trata de assuntos pessoais, mas da vida cristã, a justificação por Cristo que nos faz ser e viver como filhos de Deus e mostra a Lei de Moisés como algo provisório na história do povo de Deus. O ponto alto da carta é o capítulo 8, onde mostra que a vida cristão é uma vida conforme o Espírito Santo, que habita em nós, nos leva à santificação, vencendo as obras da carne, levando´a à transfiguração no dia da ressurreição universal. Tudo foi preparado por Deus Pai que nos fez filhos no Seu Filho, a fim de dar a Cristo muitos irmãos, co´herdeiros da glória do Primogênito (8,14´18).

As Epístolas do Cativeiro

Essas cartas são as escritas a Filemon, aos Colossenses, aos Efésios e aos Filipenses. Cada uma delas apresenta Paulo prisioneiro (Fm 1.9.10.13; Cl 4, 3.10.18; Ef 3,1; 4,1; 6,20; Fl 1, 7.13s). Trata´se do primeiro cativeiro em Roma (At 27,1´28). Paulo também esteve preso em Filipos (At 16,23´40); Jerusalém (At 21,31´23,31), em Cesaréia (At 23,35´26,32); em Roma segunda vez (2Tm 1,8.12.16s; 2, 9).

Carta a Filemon

Quando Paulo estava preso em Roma pela primeira vez, entre os anos 61´ 63, foi procurado pelo escravo Onésimo, que fugira de seu patrão Filemon em Colossos e procurou abrigo em Roma. Pela legislação judaica o escravo fugitivo não devia ser devolvido ao dono (Dt 23,16), diferente da lei romana que protegia o patrão. Então Paulo devolve Onésimo a a Filemon, cristão, e pede´lhe que pela caridade de Cristo, receba o escravo não mais como coisa, mas como um irmão. É a primeira declaração dos direitos humanos no cristianismo.

Carta aos Filipenses

Filipos era uma grande cidade fundada por Filipe II, pai do Imperador macedônio Alexandre Magno, e que o imperador romano Augusto transformou em importante posto avançado de Roma (At 16,12). Durante suas viagens Paulo esteve três vezes em Filipos, e fez fortes laços de amizade com os cristãos. Esta carta é chamada de ´a carta da alegria cristã´, por repetir 24 esta palavra, aos filipenses que sofriam perseguições, como ele na prisão. ´Alegrai´vos sempre no Senhor. Repito, alegrai´vos! ´ (Fl 4,1). Nada pode tirar a alegria daquele que confia em Jesus.

Carta aos Colossenses

Colossos era notável centro comercial, que ficava na Frígia, na Ásia Menor, a 200 km de Éfeso, próxima de Laodicéia e Hierápolis. Paulo esteve por duas vezes na região da Frígia. O motivo da carta são os pregadores de ´doutrinas estranhas´, provocando um sincretismo religioso, com elementos judaicos, cristão e pré´gnósticos. Paulo fala do primado absoluto de Jesus Cristo, numa linguagem que os gnósticos entendiam. O ponto alto da carta é o hino cristológico (1,15´20) que mostra Cristo como o primeiro e o último, o Senhor absoluto no plano da criação e da redenção.

Carta aos Efésios

Éfeso era a capital da Ásia romana, proconsular, famosa, onde se cultuava a deusa Artemis. Aí Paulo esteve durante três anos. A carta não trata de assuntos pessoais, mas teológicos. É um pouco parecida com a carta aos colossenses, a fim de combater os erros de doutrina que também alí começavam a surgir. Paulo mostra a importância da Igreja para a realização da obra de Deus. É a eclesiologia de São Paulo: ´Há um só corpo e um só Espírito, um só Senhor, uma só fé, um só Deus e Pai de todos´.(Ef 4,4s). É de importância e beleza ímpar o prólogo da carta (Ef 1, 3´14), que apresenta um hino de ação de graças à Trindade.

As Epístolas Pastorais

As Cartas a Timóteo e Tito ´ São as cartas que Paulo escreveu a Timóteo (duas) e uma a Tito. No final de sua vida, na última ida ao oriente, antes de ser preso e enviado a Roma pela segunda vez, por volta do ano 65, Paulo deixou Timóteo em Éfeso e Tito na ilha de Creta, no mediterrâneo, como bispos. A carta é cheia de recomendações sobre o pastoreio das ovelhas, especialmente no combate às falsas doutrinas, além de dar as orientações sobre a organização da vida da Igreja, normas que até hoje são normas seguras para a indicação de diáconos, presbíteros e bispos. São cartas de um valor imenso para a Igreja.

A Carta aos Hebreus

Até 50 anos atrás se dizia que esta carta era de São Paulo, mas com os novos estudos, hoje já não se afirma o mesmo. Contudo, é uma carta canônica, é Palavra de Deus. O grande escritor cristão de Alexandria, Orígenes (†234) admitia que Paulo fora o autor da carta, mas não o redator, e assim explicava a diferença de estilo das demais cartas do apóstolo. Contudo, o conteúdo da Carta é paulino. A carta é dirigida aos hebreus convertidos ao Cristianismo, especialmente aos sacerdotes judeus convertido, ameaçados pela perseguição aos que começava por volta do ano 64 com Nero. Talvez esses sacedotes convertidos estivessem desanimados e tentados a voltar ao judaísmo. O autor da carta lhes escreve a fim de fortalecer´lhes a fé e a certeza na mensagem de Jesus Cristo. O objetivo da carta é mostrar a primazia da Nova Aliança em Jesus Cristo sobre a Antiga Aliança. Aparece aí uma verdadeira cristologia que mostra Cristo como homem e Deus. A carta foi escrita por volta dos anos 64´66. Devemos lembrar que em 70 o general romano Pompeu destruiu o Templo de Jerusalém; e, a partir daí não haverá mais os cultos judaicos em Jerusalém como eram antes.

As Epístolas Católicas

As Epístolas ditas católicas, ou ´universais´, são as sete: Tiago, 1 e 2 Pedro, 1,2 e 3 João, e Judas. São chamadas de católicas (universais) porque não eram dirigidas apenas a uma comunidade, como as de Paulo, mas a muitas comunidades da Ásia Menor.

A Carta de Tiago

Escrita pelo apóstolo Tiago, menor, filho de Alfeu, ´irmão do Senhor´ , com quem Paulo se encontrou em Jerusalém. Não deve ser confundido com Tiago maior, irmão de S. João, que foi martirizado no ano 44, antes desta carta ter sido escrita. Tiago, autor da carta, se tornou famoso bispo de Jerusalém. A carta é dirigida ´às doze tribos da dispersão´ (1,1). Acredita´se que tenha sido escrita por volta do ano 50. Trata da importância das obras que é a frutificação da fé. Desta carta a Igreja compreendeu o sacramento da Unção dos Enfermos (5,14s).

As Cartas de João

Oss destinatários são os fiéis oriundos do paganismo. A primeira carta mostra que Jesus é o Messias, contra os falsos pregadores que negavam que a Redenção tinha acontecido pelo sangue de Cristo; era a influência do pré´gnosticismo, principalmente apresentadas por um tal Cerinto. Na mesma carta aparece a excelência do amor cristão, como a mensagem fundamental do Evangelho.

Na segunda carta de João, ele é chamado de ´ancião´, o que mostra a dignidade do autor, é o título que os discípulos lhe deram quando ele vivia em Éfeso. O assunto é o amor de Deus, o perigo dos ´anti´cristos´ já em ação, o amor à verdade, etc.

A terceira carta foi escrita a um certo Gaio, não identificado e o louva pelas suas belas ações em favor da Igreja.

A primeira Carta de Pedro

Os destinatários da primeira carta de São Pedro foram os cristãos da Ásia Menor (Ponto, Galácia, Capadócia, Bitínia, etc), convertidos do paganismo. O objetivo era fortalecer a fé cristã nessas comunidades que sofriam perseguições e tribulações. Mostra a fecundidade do sofrimento, e a grandeza da imitação da Paixão do Senhor. Fala da dignidade sacerdotal do povo cristão, da descida de Jesus à mansão dos mortos e sua Ascensão ao céu. Ensina´lhes a responder aos provocadores da fé com paciência e boa conduta. Pedro deve ter escrito em Roma nos anos 63´64.

As Epístolas de Judas e II Pedro

Judas é o ´irmão de Tiago´, primos de Jesus; segundo a tradição escrita por Egezipo, escritor judeu do século dois, ambos eram filhos de Cléofas, discípulo de Emaus (Lc 24). Judas escreve para cristãos oriundos do paganismo ameaçados por falsas doutrinas, o que era comum em toda a Ásia Menor, onde se negava a divindade de Jesus, injuriavam os anjos, zombavam das verdades pregadas pelos apóstolos e causavam divisões na comunidade. É o pré´gnosticismo presente na Igreja. A carta de Judas tem grande semelhança com a segunda de Pedro. A Segunda carta de Pedro tem grande afinidade com a de Judas; em ambas aparecem as mesmas expressões raras e as mesmas idéias, especialmente com relação aos falsos pregadores e falsas doutrinas. Por isso houve dúvidas sobre o verdadeiro autor de II Pedro, mas a tradição preferiu atribuir a Pedro esta carta.

O livro do Apocalipse

O imperador romano Domiciano (81´96) moveu forte perseguição aos cristãos, tendo deportado S. João . Ao mesmo tempo os cristãos eram hostilizados pelo judeus e aguardavam a volta de Cristo, que não acontecia, para livrá´los de todos os males. Foi neste contexto que o Apóstolo escreveu o Apocalipse para confortar e animar os cristãos das já inúmeras comunidades da Ásia Menor. Apocalipse, em grego ´apokálypsis´(= revelação), era um gênero literário que se tornou usual entre os judeus após o exílio da Babilônia (587´535aC), e descreve os fins dos tempos onde Deus vai julgar os homens. Essa intervenção de Deus abala a natureza (fenômenos cósmicos), com muita simbologia e números. A mensagem principal do livro é que Deus é o Senhor da História dos homens, e no final haverá a vitória dos justos. Mostra a vida da Igreja na terra como uma contínua luta entre Cristo e Satanás, mas que no final haverá o triunfo definitivo do Reino de Cristo, triunfo que implica na ressurreição dos mortos e renovação da natureza material.

As calamidades que são apresentadas não devem ser interpretadas ao pé da letra. Deus sabe e saberá tirar de todos os sofrimentos da humanidade a vitória final do Bem sobre o Mal.

terça-feira, 30 de março de 2010

O melhor livro do mundo - parte 5

RESUMO DOS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO


Os Evangelhos

A palavra ´Evangelho´ vem do grego ´evangélion´, que quer dizer ´Boa Notícia´. Para os apóstolos era ´aquilo que Jesus fez e disse´(At 1,1). É a força renovadora do mundo e do homem.

A Igreja reconhece como canônicos (inspirados por Deus) os quatro Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Os três primeiros são chamados de ´sinóticos´ porque podem ser lidos em paralelo, já o de São João é bastane diferente. Existem também evangelhos apócrifos que a Igreja não reconheceu como Palavra de Deus. São os de Tomé, de Tiago, de Nicodemos, de Pedro, os Evangelhos da Infância, etc. Eles contém verdades históricas junto narrações fantasiosas e heresias.

Os evangelhos são simbolizados pelos animais descritos em Ez 1,10 e Ap 4,6´8: o leão (Marcos), o touro (Lucas), o homem (Mateus), a águia (João). Foi a Tradição da Igreja nos séculos II a IV que tomou esta simbologia tendo em vista o início de cada evangelho. Mateus começa apresentando a genealogia de Jesus (homem); Marcos tem início com João no deserto, que é tido como morada do leão; Lucas começa com Zacarias a sacrificar no Templo um touro, e João começa com o Verbo eterno que das alturas desce como uma águia para se encarnar.

Jesus pregou do ano 27 a 30 sem nada deixar escrito, mas garantiu aos Apóstolos na última Ceia, que o Espírito Santo os faria ´relembrar todas as coisas´ (Jo14, 25) e lhes ´ensinaria toda a verdade´ (Jo 16,13). Desta promessa, e com esta certeza, a Igreja que nasceu com Pedro e os Apóstolos, sabe que nunca errou o caminho da salvação. De 20 a 30 anos após a morte de Jesus os Apóstolos sentiram a necessidade de escrever o que pregaram durante esses anos, para que as demais comunidades fora da Terra Santa pudessem conhecer a mensagem de Jesus.

O Evangelho de Mateus ´ é o primeiro que foi escrito, em Israel e em aramaico, por volta do ano 50. Serviu de modelo para Marcos e Lucas. O texto de Mateus foi traduzido para o grego, tendo em vista que o mundo romano da época falava o grego. O texto aramaico de Mateus se perdeu. Já no ano 130 o Bispo Pápias, da Frígia, fala deste texto.

Também Santo Irineu (†200), que foi discípulo de S. Policarpo, que por sua vez foi discípulo de S. João evangelista, fala do Evangelho de Mateus, no século II.

Comprova´se aí a historicidade do Evangelho de Mateus. Ele escreveu para os judeus de sua terra, convertidos ao cristianismo. Era o únicos dos apóstolos habituado à arte de escrever, a calcular e a narrar os fatos. Compreende´se que os próprios Apóstolos do tenham escolhido para esta tarefa. O objetivo da narração foi mostrar aos judeus que Jesus era o Messias anunciado pelos profetas, por isso, cita muitas vezes o Antigo Testamento e as profecias sobre o Messias. Como disse Renan, o evangelho de Mateus tornou´se ´o livro mais importante da história universal´.

O Evangelho de Marcos ´ S. Marcos não foi apóstolo, mas discípulo deles, especialmente de Pedro, que o chama de filho (1Pe 5,13). Foi também companheiro de S. Paulo na primeira viagem missionária (At 13,5; Cl 4, 10; 2Tm 4,11). O testemunho mais antigo sobre a autoria do segundo evangelho, é dado pelo famoso bispo de Hierápolis, na Ásia Menor, Pápias (†135).

O Evangelho de Lucas ´ Lucas não era judeu como Mateus e Marcos (isto é interessante!), mas pagão de Antioquia da Síria (Cl 4, 10´14). Era culto e médico. Ligou´se profundamente a S. Paulo e o acompanhou em trechos da segunda e terceira viagem missionária do apóstolo (At 16, 10´37; 20,5´21). No ano de 60 foi para Roma com Paulo (At 27,1´28) e ficou com ele durante o seu primeiro cativeiro (Cl 4, 14; Fm 24) e acompanhou Paulo no segundo cativeiro (2Tm 4,11). A Tradição da Igreja dá seguinte testemunho deste Evangelho.

O texto foi escrito em grego, numa linguagem culta e há uma afinidade com a linguagem e a doutrina de S. Paulo. foi escrito por volta do ano 70. Como escreveu para os pagãos convertidos ao cristianismo, não se preocupou com o que só interessava aos judeus.

Mateus mostra um Jesus como Mestre notável por seus sermões ´ o novo Moisés, Marcos o apresenta como o herói admirável ( o Leão da tribo de Judá ´ Ap 5,5), Lucas se detém mais nos traços delicados e misericordiosos da alma de Jesus. É o evangelho da salvação e da misericórdia. É também o evangelho do Espírito Santo e da oração. E não deixa de ser também o evangelho da pobreza e da alegria dos pequenos e humildes que colocam a confiança toda em Deus.

O Evangelho de João ´ S. João era filho de Zebedeu e Salomé (cf. Mc 15,40) e irmão de Tiago maior (cf. Mc 1, 16´20). Testemunhou tudo o que narrou, com profundo conhecimento. É o ´discípulo que Jesus amava´ (Jo 21,40). Este evangelho foi escrito entre os anos 95 e 100 dC., provavelmente em Éfeso onde João residia.

João não quis repetir o que os três primeiros evangelhos já tinham narrado, mas usou essas fontes. Escreveu um evangelho profundamente meditado e teológico, mais do que histórico como os outros. Contudo, não cedeu a ficções ou fantasias sobre o Mestre, mostrando inclusive dados que os outros evangelhos não tem. Apresentando essa doutrina ele quis fortalecer os cristãos contra as primeiras heresias que já surgiam, especialmente o gnosticismo que negava a verdadeira encarnação do Verbo. Cerinto e Ebion negavam a divindade de Jesus, ensinando a heresia segundo a qual o Espírito Santo descera sobre Jesus no batismo, mas o deixara na Paixão. É um evangelho profundamente importante para a teologia dogmática e sacramental especialmente.

domingo, 28 de março de 2010

O melhor livro do mundo - parte 4

Os livros proféticos ´ são 18. A partir de Samuel (sec.XI a.C) até Malaquias (sec.V a.C) a série dos profetas foi ininterrupta e eles exerceram papel muito importante no reino de Israel: eram conselheiros dos reis, censuravam as injustiças, condenavam toda idolatria, etc.


Os profetas Isaías, Jeremias, Oséias, e Amós, atuaram antes do exílio (587´538 a.C) e mostravam aos reis e ao povo as suas faltas, pelas quais Deus os abandonaria nas mãos dos estrangeiros.

Os profetas Ezequiel e o ´segundo´ Isaías (Is 40´55) agiram durante o exílio procurando erguer o ânimo do povo.

Os profetas Ageu, Zacarias e Malaquias atuaram depois do exílio incentivando o povo a reconstruir o Templo e os muros de Jerusalém, além de empreender a reforma religiosa, moral e social da comunidade judaica e predizendo a glória do futuro Messias.

Os profetas Oséias, Amós, Miquéias, Joel, Abdias, Jonas, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, em número de 12, são chamados de profetas menores, não porque não foram importantes, mas porque nos deixaram escritos pequenos, que já no século II antes de Cristo eram colecionados em um só volume (rolo). Não é possível se saber com exatidão a época em que cada um deles atuou, mas sabemos que agiram do século VIII ao século III a.C. e fornecem dados importante da história de Israel e dos povos vizinhos.

O livro de Isaias ´ o profeta viveu de 740 a 690aC. Mas não foi o único autor de todo o livro. Este está dividido em três partes: Isaias I (capítulos 1´39) é do tempo do profeta; Isaias II (40´55) é da época do exílio da Babilônia (587´638aC) e Isaias III (56´66) foi escrito após o exílio na época da restauração do povo na sua terra. O profeta Isaías era filho de nobre família de Jerusalém, poeta , foi conselheiro dos reis Jaotã, Acaz e Ezequias numa época de infidelidade moral e religiosa por parte do povo de Israel. O livro de Isaías, por isso, é dito da ´escola de Isaías´; isto é, seus discípulos devem ter continuado a obra do mestre através dos séculos.

O livro de Jeremias ´ O profeta viveu de 650 a 567aC, nasceu perto de Jerusalém. O reino de Judá estava cada vez mais ameaçado pelos adversários, e o profeta anunciou a ruína da Cidade Santa e do Templo, por isso foi condenado à morte pelos sacerdotes e falsos profetas, mas escapou da morte. O livro contém os quarenta anos de pregação do profeta.

O livro das Lamentações ´ é uma coleção de cinco cânticos que choram a queda da Cidade Santa de Jerusalém ocorrida e 587aC. Os quatro primeiros são acrósticos. Reconhece a culpa do povo por causa dos seus pecados e o convoca à penitência e à oração.

O livro de Baruc ´ Baruc foi conselheiro e secretário (amanuense ) de Jeremias. Acompanhou´o ao Egito após a queda de Jerusalém em 587aC; o autor trato do povo no exílio da Babilônia e exorta´o para que não caia na idolatria dos babilônios, viva a lei de Moisés e não desanime.

O livro de Ezequiel ´ O profeta Ezequiel (= Deus dá força), era sacerdote, casado, e perdeu a esposa um pouco antes da queda de Jerusalém em 587aC. Exerceu o seu ministério até 571aC e, segundo uma tradição judaica morreu apedrejado pelos judeus. Acompanhou o povo de Judá na fase mais crítica da sua história, quando Jerusalém caiu sob Nabucodonosor. O livro de Ezequiel tem quatro partes: 1´ (cap. 4´24), onde censura os judeus antes da queda de Jerusalém por causa dos seus pecados; 2´ (cap. 25´32), que contém oráculos contra os povos estrangeiros que oprimiram os hebreus; 3 ´ (cap. 33´39), consola o povo durante e após o cerco de Jerusalém, prometendo´lhe tempos melhores; 4 ´ (40´48), descreve a nova cidade e o novo Templo após a volta do exílio.

O livro de Daniel ´ O profeta Daniel (=Deus é meu juíz), é o principal personagem do Livro. Os capítulos de 1 a 6 formam um núcleo histórico e contam a históri do profeta. Daniel foi um hebreu deportado para a Babilônia em 606 aC, fiel à lei de Deus, que o enriqueceu com dons diversos, tendo´se tornado importante na corte de Babilônia. Os capítulos 7 a 12 tem uma forma apocalíptica, que tem o seguinte sentido: na época em que os judeus estavam oprimidos por Antíoco Epifanes (167´164 aC) um hebreu piedoso escreveu a história dos último séculos de Israel, com a finalidade de animar os irmãos e apresentou a sua época como próxima da libertação messiânica. Faz referência ao Filho do Homem (7,13) e ao seu reino definitivo sobre as nações. Mais do que um livro profético, é um Midraxe e um Apocalipse, escrito no século II aC, não pelo profeta, mas por alguém que contou a sua história.

Os profetas menores

Amós ´ era natural de Técua (Judá). Pastor de gado e cultivador de sicômoros. Exerceu o chamado profético no reino da Samaria, sob o rei Jeroboão (783´743 aC). Pregou contra o luxo, a depravação dos costumes, o culto idolátrico, previu a queda do reino da Samaria em 721aC nas mãos dos Assírios. Foi um ministério curto mas forte.

Oséias ´ pregou também no reino do norte, da Samaria, sob Jeroboão II (783´743 aC). O livro mostra as relações de Javé com o povo judeu simbolizadas pelo casamento do profeta, que se casa com uma mulher leviana (Gomer), que o engana; mas que cai na escravidão; é, então resgatada pelo profeta que a recebe de novo como esposa. O tema principal do livro é o amor de Javé pelo seu povo.

Miquéias ´ profetizou sob Joatã, Acaz e Ezequias, reis de Judá (740´690 aC). Deve ter conhecido a queda do reino do norte em 721 e a invasão de Judá em 701 por Senaquerib. O profeta Jeremias cita um dos seus oráculos contra Judá (Jr 26, 18). Encontramos neste livro uma notável profecia messiânica (5,1´4).

Sofonias ´ Exerceu seu ministério sob o piedoso rei Josias (640´609 aC), que fez uma forte reforma religiosa em 622 (2Rs22,3´23,21). A mensagem principal de Sofonias é o anúncio do Dia do Senhor, também abordado por Amós e Isaías. O Senbor salvará o resto do seu povo, que lhe servirá na justiça, na humildade e na piedade.

Naum ´ era natural de Elcós. Trata somente da queda de Nínive, capital do império Assírio, que ameaçava os povos vizinhos e Judá. O livro é pouco anterior à queda de Nínive em 612 aC.

Habacuc ´ O livro trata do tema ´porque o ímpio prevalece sobre o justo e o oprime?´. É da época das ameaças dos Assíris sobre Israel. O Senhor responde indicando a queda final dos ímpios e a vitória dos justos. Mostra que Deus, por caminhos obscuros, prepara a vitória do direito e dos justos. ´O justo viverá pela fé´ (Hab 2,4; Rm 1, 17; Gal 3, 11; Hb 10,38).

Ageu ´ este profeta dá início ao último período dos profetas, após o exílio. O tom e a da Restauração. Ageu acompanha o povo na volta da Babilônia. Essa gente era hostilizada pelos estrangeiros que moravam na Judéia e nos países vizinhos, passava dificuldades. Então o profeta exorta este povo a reconstruir o Templo, e isto como condição para a vinda de Javé e do seu reino. Exerceu seu ministério no ano 520aC.

Zacarias ´ Exerceu o ministério também por volta do ano 520aC., após o retorno do exílio. O livro se refere a oito visões do profeta que tratam da restauração e da salvação de Israel. Seguem´se os oráculos messiânicos. A segunda parte do livro é de difícil entendimento, com fatos históricos difíceis de conhecer e com um apocalipse que descreve as glórias de Jerusalém nos últimos tempos.

Malaquias ´ seu nome significa ´meu mensageiro´. Dois grandes temas são abordados pelo profeta: as faltas dos sacerdotes e dos fiéis na celebração do culto; e o escândalo dos matrimônios mistos e dos divórcios. O Senhor anuncia o dia do Senhor que purificará os sacerdotes e levitas, punirá os maus e concederá o bem aos justos. Fala da promessa da vinda de Elias que precederá o dia do juízo final. O livro de aproximadamente 515 aC, anterior à proibição dos casamentos mistos devida à reforma de Esdras e Neemias em 445 aC.

Abdias ´ é o menor dos livros proféticos, e de difícil entendimento. Dirigido a Edom, povo vizinho de Judá, sob o rei Jorã (848´841 aC). O livro exalta a justiça e o poder de Javé, que age como defensor do direito.

Joel ´ o livro foi escrito após o exílio, próximo do ano 400aC. É um compêndio da escatologia (últimos tempos) judaica. Descreve o Dia do Senhor, caracterizado pela efusão do Espírito Santo, o juízo sobre as nações e a restauração messiânica do povo eleito. O ataque dos gafanhotos, da primeira parte, indica os acontecimentos que antecederão imediatamente o Dia do Senhor. A segunda parte tem a forma de um apocalípse que descreve a intervenção final de Deus na história, com abalo cósmico.

Jonas ´ é diferente de todos os outros livros proféticos. Narra a história de um profeta, Jonas, que recusou a ordem do Senhor para que fosse pregar aos ninivitas. Milagrosamente conduzido pela providência divina chega a Nínive e consegue converter a grande cidade. Deus lhe ensina que a sua misericórdia atinge a todos os povos. É uma narração didática, parabólica, não história, para mostrar aos judeus do século V aC, muito nacionalistas, que a salvação é universal.