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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A libertação do endemoninhado gadareno

Introdução    (Texto: Marcos 5:1-20)
O tema dado pelos biblistas para essa perícope é “A cura de um endemoninhado geraseno”. Entretanto, uma vez que esses temas não fazem parte do texto original, pois foram inseridos com o propósito de facilitar a leitura e localização dos textos, sinto-me muito à vontade de propor a troca da palavra cura por libertação. Isso porque a palavra cura está intimamente ligada à solução de problemas de natureza física. Contudo, esse não é o caso. Esse homem está sob uma condição de escravidão, opressão e possessão demoníaca. A libertação visa colocar em liberdade alguém que está cativo ou sujeito à escravidão de outrem. Portanto, esse homem não precisa de cura, mas de libertação.
Esse texto traz como primeiro ensinamento que nem todos os problemas que atravessamos são de origem humana. Existem problemas que são de origem espiritual. Não há remédio, não há médico, não há psicólogo..., não há especialista no mundo habilitado para promover alguma solução. É preciso ter discernimento acerca das lutas que travamos. O problema que esse homem portava tinha uma dimensão muito mais profunda.

.I – O que Satanás faz por esse homem

1 – Satanás destruiu a vida desse homem. A Bíblia afirma que o diabo veio par matar, roubar e destruir (Jo 10:10). A sua tarefa principal é arruinar a vida das pessoas.

a) Destruiu sua família – Esse homem não vivia mais em casa. Diz o texto que ele andava pelos sepulcros (v. 2). Sepulcro é caminho de morte. O homem que anda sem Deus caminha em direção à morte. Ele não tinha mais uma família. O primeiro alvo do diabo é destruir sua família.

b) Destruiu seus relacionamentos sociais – Esse homem já não tinha mais amigos. Sua condição de endemoninhado era tão grave que ele já não era mais aceito em nenhum segmento da sociedade. Esse homem tornou-se um ser solitário. Sua única companhia eram os demônios. Uma outra arma do diabo é essa: minar seus relacionamentos, isolar você. A solidão não é uma boa companhia.

c) Destruiu sua saúde física e mental – Esse homem se auto-flagelava (v. 5). Diz o texto que ele “feria-se com pedras”. Ele havia machucado tanta gente, agora passou a ferir-se a si mesmo. Além disso, havia se tornado um homem violento (v. 4 – “ninguém podia subjugá-lo”). Seu comportamento era de uma pessoa insana. O evangelista Lucas registra que ele havia perdido completamente o pudor, pois andava nu (Lc 8:27).

d) Esse homem não tinha paz (v. 5). Diz a bíblia que “andava sempre de dia e de noite, clamando por entre os sepulcros e pelos montes”. Era alguém atormentado. Não havia descanso nem para sua mente nem para a sua alma. Era um perturbado. A própria fisionomia daquele homem denunciava o seu estado.

e) Esse homem estava totalmente escravizado por Satanás. Você já questionou a razão pela qual Jesus perguntou o nome daquele demônio? William Hendricks afirma que a melhor explicação é a seguinte: Jesus perguntou o nome porque ele gostaria de revelar para o homem que estava sendo oprimido e também para os seus discípulos a terrível condição daquele homem. Não tratava-se de um simples demônio, mas uma casta, uma legião, mais precisamente 6 mil entidades. Legião era um exército de invasão. Sua ação era marcada pela crueldade e destruição. Por onde uma legião passava, deixava atrás de si um rastro de morte e destruição. Havia um exército de Satanás alojado em uma só pessoa. Aquele homem havia se tornado uma marionete de do diabo.
O diabo transformou esse homem num morto-vivo, morando num cemitério, sem esperança e sem perspectiva. Qual o valor de uma vida para satanás? Para satanás a vida não tem valor algum. A vida deve ser destruída. O homem deve viver subjugado e escravizado.

II – O que a sociedade fez por esse homem

1 – A sociedade afastou esse homem do convívio social. Ele foi arrancado da sua família, impedido de entrar na cidade. Esse homem foi considerado como um caso perdido. Alguém irrecuperável. Um dos problemas mais graves que assolam o nosso país é o problema da exclusão social. A nossa sociedade provoca o isolamento e a discriminação de determinados grupos sociais. Existem alguns grupos que as pessoas sentem ojeriza. Algumas pessoas estão à margem da sociedade. Vivem estigmatizadas, alheia e ignoradas pela sociedade. O impressionante é que se dermos uma olhada no ministério terreno de Jesus, veremos que eram exatamente essas pessoas com as quais Jesus trabalhava (pobres, prostitutas, mendigos, etc). Foi exatamente isso que a população de Gadara fez, excluiu esse homem.

2 – A sociedade acorrentou esse homem. A prisão foi o melhor remédio que encontraram para esse homem. Colocaram cadeias em suas mãos e em seus pés. Mas, nem mesmo a prisão pôde detê-lo. O sistema carcerário brasileiro registra índices de reincidência próximo a 70%. Isso é uma prova incontestável que o Estado não consegue recuperar pessoas. O triste histórico revela a incapacidade do nosso país em ressocializar as pessoas. Isso porque o maior e mais grave problema da humanidade chama-se pecado. E para isso, não há nada que a sociedade possa fazer. Não há absolutamente nada que o homem possa fazer a respeito. Somente Cristo.

3 – A sociedade deu mais valor aos porcos do que a esse homem. O texto afirma que a libertação daquele homem provocou certa revolta em parte da população porque desencadeou na morte dos porcos. Os porcos valiam mais que uma vida. Porque nessa sociedade você vale aquilo que você tem. Qual o valor da vida para a sociedade? Para a sociedade a vida tem valor, mas vale menos que um porco.

III – O que Jesus fez por esse homem

1 – Jesus valorizou aquele homem. Jesus atravessa um trajeto perigoso para salvar um único homem. O Mestre enfrentou uma tempestade para chegar aquele lugar. Vai à Gadara por causa de uma só pessoa. Gadara era uma cidade gentílica. Uma cidade de pecadores. Além disso, era considerada pelos judeus como uma cidade imunda. Isso se deve porque eram terras destinadas à criação de porcos. Os porcos eram tidos como animais imundos pela religião judaica. Assim sendo, um judeu jamais pisaria naquela cidade. Jesus muda seu itinerário, quebra com o tradicionalismo e rompe com as estruturas sociais para salvar um homem. Porque para Deus a vida de um homem é mais importante do que o mundo inteiro.

2 - Jesus o libertou. Os demônios não oferecem resistência a Jesus, porque sabiam que não tinha a menor condição para tal. Porque onde Jesus se faz presente, o diabo deve bater em retirada. Onde há luz as trevas se dissipam (1 Jo 3:8).

3 – Jesus devolveu dignidade (v.15). Há um contraste imenso. O cenário é extremamente antagônico entre os primeiros versículos e o versículo 15. Senão vejamos:
Aquele que antes andava correndo angustiadamente, agora está sentado;
Aquele que antes andava gritando e clamando dia e noite, agora está em silêncio;
Aquele que escandalizava a todos andando em plena nudez, agora está vestido;
Aquele que tinha comportamentos insanos agora está em perfeito juízo;
Aquele que se mostrava violento e representava uma ameaça à paz coletiva, agora é uma pessoa dócil e sociável;
Aquele que pediu para que Jesus se afastasse dele agora deseja seguir Jesus.

4 – Jesus deu a ele uma missão (v. 18-20). Aquele homem deveria voltar para casa e reconstruir o seu lar. Refazer a sua vida. Este é o maior de todos os milagres. A salvação é o maior de todos os milagres. Você é um milagre de Deus! Você é um sinal vivo do poder transformador do Evangelho.
Qual o valor de uma vida para Jesus? Para Jesus a vida é tão cara que vale a pena todo e qualquer sacrifício para salvá-la. Sua vida é tão preciosa para Deus que custou a vida de seu próprio Filho. Agostinho disse que “Deus não tinha nada mais valioso para dar ao homem, exceto o melhor que Ele tinha – Ele deu a si mesmo; ele deu seu Filho”.

"Creio que somos o corpo vivo de Cristo, devemos estar pronto para a obra. Agir como o Geraseno em nossas casas, família, trabalho ou onde quer que estejamos, sendo a 'luz do mundo' o 'sal da terra' a verdadeira imagem de Cristo, não em aparência, mas sim em espírito e em verdade

Morte para a vida em cristo

EFÉSIOS 2: 5-6 - Estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),  e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus, No grego o prefixo "sun" significa - junto com. Isso indica que todos os crentes compartilharão juntos essas bênçãos uns com os outros e junto com o Senhor Jesus. Segundo, Ele "nos ressuscitou”. Essa ressurreição em Cristo não ocorre sem propósito. Devemos viver para Ele. A nova vida que os cristãos desfrutam deve ser um testemunho do poder da ressurreição de Cristo mediante a revelação desse poder em nossa vida e nosso caráter. Nós temos um tesouro prometido em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não nosso, ainda que estejamos atribulados em tudo, mas não angustiados, em apuros, mas não desesperados, perseguidos, mas não desamparado, caídos, mas não destruídos, levando em nosso corpo sempre por todas as partes a marca da morte de Jesus Cristo, para que a Sua vida se manifeste em nossos corpos, pois devemos trazer as mascas d´Aquele que é o nosso Senhor e Salvador. Sendo a nossa vida convertida ao Senhor Jesus, por meio da fé, e ela não vem de nós, mas é um dom gratuito de Deus, precisamos aprender uma coisa, em nós existe uma dependência infinita e interminável ao nosso Deus. Queremos com isto dizer que nossa vida é por meio da nossa fé, se crermos que Jesus é o Senhor estamos salvos, pois pelos olhos da nossa fé e por ela sendo guiados, então sabemos como devemos atuar. Nossa fé determina como devemos enfrentar os sofrimentos e tribulações, angustias e desesperos, pois agora podemos enfrentar tudo, já não como incrédulo, mas pelo poder do Espírito Santo de Deus somos guiados e convencidos do pecado e da ira vindoura. Para tanto ele é quem nos direciona, pois Deus nos dá a sabedoria que necessitamos, a paciência para suportarmos as aflições deste mundo tenebroso. Todos nós somos como o vaso de barro na mão do oleiro. Ele dá a forma que ele quer, e se não estiver segundo a sua vontade ou com defeitos, ele molda novamente ou quebra e joga fora, mas tem que ser segundo sua vontade. Com Deus não é diferente, se estivermos ao arrepio da lei, contrário a vontade de Deus, ele molda novamente, quebra o barro, restaura o que estiver desconforme, mas precisa ser segundo a Sua soberana vontade. Esta formação do vaso em relação ao oleiro (Deus) também serve para nossa vida em relação ao pecado. Deus está atento a tudo e a todos. Se falharmos ele tenta nos corrigir, se persistirmos no erro Ele por Sua vez permanece fiel. Antes da conversão andávamos como ovelhas desgarradas e fora do aprisco, como presa fácil para ao predador (diabo) depois de salvos, somos ovelhas do aprisco de Jesus. A doente Ele trata, a ferida ele passa o remédio, a faminta, ele alimenta, enfim nenhuma se perde, pois ainda que desgarrada, ele deixa o rebanho e vai atrás daquela perdida e a trás para o Seu aprisco. Antes da conversão fazíamos o que queríamos em consulta a Deus, pois éramos escravos do pecado, éramos errantes sem saber qual o caminho a seguir, fazíamos tudo como animais, por instinto, agora guiados pelo espírito agimos em espírito. O Apóstolo Paulo dizia: Tudo posso Naquele que me fortalece. Perguntamos então: Quando cremos, recebemos a Cristo como Salvador, desaparecem os problemas? Não, a Bíblia revela (JOÃO 16.33) Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. Poderemos ser injustiçados, mas não desanimados, estarmos em aflições, mas não angustiados, se provados, não desesperados, se perseguido, confiar Naquele que nos defende, caídos, mas não destruídos, pois quem nos levanta é o Senhor. Por isso irei morrer novamente, pois Deus me quebraste e me modaste novamente como um vaso. Mas agora estou em outra doutrina, mas seguindo o mesmo Deus com os mesmo principio de ser fiel a ele.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O menino e o cachorro

Um menino entra na lojinha de animais e pergunta o preço dos filhotes à venda.

_ Entre 30 e 50 dólares. Respondeu o dono. O menino puxou uns trocados do bolso e disse:
_ Mas eu só tenho 3 dólares… poderia ver os filhotes?
O dono da loja sorriu e chamou Lady, a mãe dos cachorrinhos,que veio correndo seguida de cinco bolinhas de pelo. Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, com dificuldade, mancando de forma visível.
O menino apontou àquele cachorrinho e perguntou: _ O que há com ele?
O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que ele tinha um problema na junta do quadril mancaria e andaria devagar para sempre.
O menino se animou e disse com enorme alegria no olhar: _ Esse é o cachorrinho que eu quero comprar. O dono da loja respondeu:
_ Você não vai querer comprar esse. Se quiser realmente ficar com ele, eu lhe dou de presente.
O menino emudeceu e, com os olhos marejados de lágrimas, olhou firme para o dono da loja e falou:
_ Eu não quero que você o dê para mim. Aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo. Na verdade, eu lhe dou 3 dólares agora e 50 centavos por mês até completar o preço total.
Surpreso, o dono da loja contestou:
_ Você não pode realmente querer comprar este cachorrinho! Ele nunca vai poder correr, pular e brincar com você. E com outros cachorrinhos.
O menino ficou muito sério, acocorou-se e levantou levemente a perna esquerda da calça, deixando à mostra a prótese que usava para andar… Olhou bem para o dono da loja e respondeu:
_ Veja… não tenho uma perna… eu não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso.
Às vezes desprezamos as pessoas com quem convivemos todos os dias, por causa dos seus defeitos, quando na verdade somos tão iguais ou pior do que elas. Desconsideramos que essas pessoas, precisam de alguém que as compreeendam e as amem, não pelo que elas poderiam fazer, mas pelo que realmente são.